08 julho, 2005

Livre arbítrio?

Estou em vias de dar um outro rumo na minha carreira. Decidir ser realmente feliz. Acho que em alguma parte desses últimos anos me perdi por aí. Mas não é sobre isso que eu quero falar. Bem... nessa minha peregrinação em procurar um emprego que me satisfaça, me meti numa semi-roubada-não-concluída. O que isso quer dizer? Bem... encontrei um anuncio no jornal e fui atrás. Não dizia direito o que era, mas involvia algo com a língua inglesa. Quem me conhece, sabe que adoro estudar idiomas. Estudar mesmo e desde pequena me apaixonei pelo inglês. Não se trata só da língua, mas através dela, eu aprendia a cultura. Me sentia incentivada a viajar, ler livros de escritores locais, estudar gramática... Por um tempo cheguei a dar aula. Era legal, porque como eu tinha que me preparar para as aulas, acabava aprendendo pequenos detalhes. Enfim... enviei meu currículo e recebi um retorno. Fiz uma entrevista em inglês por telefone e marquei uma reunião. Parece meio bobo, mas tenho prazer em ouvir um native speaker. O entrevistador era tipicamente californiano com frase que sempre terminavam em okay. Confesso que me irritou um pouco, mas enfim... O trampo se tratava de um negócio com uma rede de vendas tipo Avon. Desanimei. Tinha pensado que eles precisavam de uma tradutora ou algo do gênero. Entretanto, consegui observar algumas coisas que me fizeram lembrar uma aula que fiz na Publicidade. Era uma matéria que se chamava Estudo do Mercado Consumidor ou algo do gênero. A gente analisava slogans e vídeos publicitários minuciosamente, prestando atenção nas palavras e na maneira que a abordagem era feita a fim de convencer o consumidor. Enquanto o entrevistador falava, percebi que as palavras sucesso e dinheiro eram frequentes. Já que eu estava lá mesmo, por que não fazer uma análise do rapaz? Ah, esqueci de mencionar que a entrevista não era individual. Tinha mais uma pessoa. Ela, posso dizer, foi convencida a participar dessa rede de vendas. Comecei a pensar no primeiro contato que fiz por telefone com eles e pude delinear um método de aproximação. Técnicas eficientes que também são aplicadas por vendedores em lojas. Não vou me aprofundar neste assunto, mas é bem interessante os métodos de persuasão, afinal, de alguma maneira somos manipulados. Nesse ponto, tenho que admitir, os americanos são demais.

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